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Estreando a coleção Trás-os-mares, a Editora Circuito publica, pela primeira vez no Brasil, cinco livros de grandes prosadores portugueses contemporâneos. Tratam-se dos romances A loucura branca, de Jaime Rocha; Noturno europeu, de Rui Nunes; Até o ano que vem em Jerusalém, de Maria da Conceição Caleiro; Adoecer, de Hélia Correia; e o livro de narrativas breves Éter, de António Cabrita. São histórias que, com os traços estilísticos peculiares de cada autor, mobilizam alguns temas narrativos comuns: a memória individual e a memória coletiva, os rumos da civilização, a morte, o surreal, o passado cruel das nações. É, por exemplo, o caso de Éter que, marcado pelas experiências e lembranças de António Cabrita de Moçambique – onde o autor mudou-se para ser professor universitário – traz recorrentemente a morte mas sempre com estilos narrativos distintos. Suas “sete narrativas, seguidas de contragolpe”, como traz o subtítulo, ora são compostas como um monólogo em forma de carta, ora a narrativa é quase inteiramente feita de diálogos, ora joga com a perspectiva da narrativa entre os personagens. Como é o caso de “Chinas e matraquilhos”, que traz a voz de um personagem morto para compor o conto. Já em A loucura branca, Jaime Rocha cria o insólito cenário de um homem de família que, acometido por sonhos esquisitos, começa a perder a visão e se envolve com uma ladra misteriosa. Em Noturno europeu, de prosa inventiva e poética, Rui Nunes traça uma viagem visceral pela Europa, resgatando seu passado de forma convulsa e dolorosa. As duas escritoras da seleta, Hélia Correia e Maria da Conceição Caleiro, recorrem em seus romances a histórias de amor para compor suas obras. Em Adoecer, a vencedora do Prêmio Camões (2015) Hélia Correia romantiza o encontro entre duas figuras histórias, os pintores e poetas Elizabeth Siddal e Dante Rossetti, ao tratar do amor, do destino, da doença e do conflito entre luz e danação. Até o ano que vem em Jerusalém, de Caleiro, vai versar sobre uma história de amor marcada pela peregrinação, em que Europa, Açores e Brasil aparecem como terras de expulsão ainda grafadas pelas guerras do século passado. Com apoio da DGLAB (Direção-Geral dos Livros, dos Arquivos e das Bibliotecas Públicas de Portugal), a coleção Trás-os-mares tem curadoria da poeta e ensaísta portuguesa Maria João Cantinho em parceria com o poeta Renato Rezende, editor da Circuito.