AMERICANOS, OS

Frank, Robert
INSTITUTO MOREIRA SALLES

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A publicação Os americanos, de Robert Frank (1924), um dos nomes mais importantes da história da fotografia, traz 83 fotografias resultado da jornada de Frank pelos Estados Unidos, em que percorreu quase todos os estados. Fruto de uma bolsa da Guggenheim Fellowship, a viagem de Frank em um velho carro usado durou cerca de nove meses, entre 1955 e 1957, e originou mais de 28 mil fotografias, que se tornaram verdadeiros retratos de uma América multifacetada. No projeto, concebido e construído em intensa interação com o fotógrafo Walker Evans, seu amigo e mentor, o registro dos personagens do país em recortes sociais, econômicos, culturais e políticos distintos deram origem a um livro homônimo, cuja versão brasileira será publicada pelo IMS - em parceria com a célebre editora alemã Steidl. Em Os americanos, Frank revela plena maturidade artística, desenvolvendo uma síntese de suas inquietações em relação à fotografia e aos limites dela como linguagem. Apesar de ter construído uma representação do país e de seus habitantes na década de 1950, de forte caráter autoral, o projeto teve lenta aceitação nos EUA. Mas, por romper definitivamente com o predomínio da técnica sobre a intuição e a expressão pessoal, aos poucos se tornou um marco divisor da fotografia no século XX. A obra de Frank privilegia experimentação e busca, numa poética própria de engajamento com seus temas, embate profundo com seus próprios sentimentos e permanente questionamento da realidade que o cerca. Em imagens de aparente imperfeição, sombras e áreas com pouca definição favorecem abstração e iconicidade. Com Os americanos, Frank inaugurou a fotografia de rua (street photography) e de estrada, livre de retórica e narrativas estruturadas. Uma ode poética que se tornou modelo e referência para artistas posteriores. Os americanos forma um belo painel sobre o artista que retratou, compreendeu e expressou em profundidade a América e a geração beat nos anos 1950. Ao mesmo tempo, Robert Frank expandiu as fronteiras da linguagem da fotografia e do cinema na segunda metade do século XX.