PULVERIZADOS

ALEXANDRA, BADEA
COBOGO

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Quatro profissões, quatro cidades: Xangai, Dacar, Lyon, Bucareste. Nelas conhecemos uma operária chinesa e sua rotina de humilhação cotidiana em uma fábrica; acompanhamos um supervisor de telemarketing apoiar-se sobre a crença em seu ambiente corpora tivo e a fé neopentecostal; notamos como o responsável pelo controle de qualidade de uma empresa vê sua relação familiar se deteriorar sob a pressão do trabalho e do sexo virtual; assistimos a uma engenheira de estudos sofrer por sua dificuldade de s e integrar e subir na hierarquia. O cotidiano desses indivíduos é rude, cortante, às vezes cruel e vergonhoso. Todos são vítimas de uma corrida desenfreada pelo lucro provocada pela louca circulação do capital. Todos estão sujeitos à rentabilidade, à flexibilidade e à precariedade que move a gigantesca roda da economia no mundo globalizado. Sobre a autora: Alexandra Badea (Bucareste, Romênia, 1980) é dramaturga, diretora de teatro e de cinema. Ganhadora do Grand Prix, na França, na categoria literatura dramática em 2013, vive e trabalha em Paris desde 2003. Suas peças, todas editadas pela Arche, ganharam a atenção da crítica e do meio especializado. Entre as mais importantes estão Pulvérisés, Europe connexion, Burn out e A la trace. Lig ando o íntimo e o político com uma escrita de humor ácido, Badea aponta os medos, as resignações e as crises no mundo contemporâneo ao construir um universo de sensações vivas e cheio de questionamentos. Sua origem romena a leva a interrogar a questã o do estrangeiro e da emigração. Com textos traduzidos e montados em alemão, inglês, grego, italiano, português, romeno e cantonês, atualmente Badea escreve e dirige uma trilogia sobre a parte oculta da História recente da França, cuja primeira parte , Points de non- -retour [Thiaroye], estreou em 2018 no Théâtre National de la Colline, e a segunda, Points de non-retour [Quais de Seine], no Festival d’Avignon 2019. Sobre o tradutor Marcio Abreu (Rio de Janeiro, 1970) é dramaturgo, diretor e a tor. Fundou e integra a companhia brasileira de teatro, sediada em Curitiba, com a qual desenvolve projetos de pesquisa e criação. Tem como interlocutores artistas do Brasil e de outros países. Seu trabalho é focado na articulação e criação de novas escritas para a cena e na interseção entre os diversos campos da arte. Recebeu diversas indicações e prêmios como Shell, Bravo, APCA, Questão de Crítica, APTR e Cesgranrio. Tem artigos publicados em revistas especializadas, tais como Subtexto e Quest