É A VIDA

EL, KHATIB
COBOGO

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Existe um vazio terminológico para designar aqueles que perdem um filho, os “órfãos ao contrário”. A peça É a vida caminha por esse deserto a procura de uma palavra, de uma esperança, convidando dois atores para testemunhar essa dor indescritível. Um a performance-experiência-limite que se sustenta sobre o fio da delicadeza. Mohamed El Khatib confecciona um pequeno manual para uso dos vivos. Distorcendo o papel do ator – o de fingir para se aproximar do real –, ele escreve uma peça tênue, em equi líbrio entre o pudor e a extrema proximidade com o público, a qual nos leva ao sentido da palavra hebraica shakoul, “A ursa a quem tiraram a ninhada”. Mohamed El Khatib (Orleans, França, 1980) é ator, diretor e escritor. É artista associado do Thé âtre de la Ville de Paris, do Centre Dramatique National de Tours – Théâtre Olympia, e do Théâtre national de Bretagne – Centre Européen Théâtral et Chorégraphique. Em 2008, cofundou o coletivo Zirlib. Seu trabalho combina o teatro a outras disciplin as, como a dança, as artes visuais, o cinema e as mídias digitais, revelando um novo olhar sobre essas relações. Khatib considera a criação contemporânea uma experiência, um gesto sensível/social no qual a dimensão estética mais sofisticada deve ser confrontada com o cotidiano mais banal. Os encontros são sempre os pontos de partida para o trabalho de Khatib. Moi, Corinne Dadat (2014) foi escrita após o encontro com a faxineira de uma escola em Bruges, na Bélgica. A peça Acabar em beleza, sobre a morte de sua mãe, foi um dos acontecimentos mais importante da edição de 2015 do Festival d’Avignon e ganhou o Grande Prêmio de Literatura Dramática da França (2016). Já em É a vida (2017), Khatib coloca no palco dois atores que sofrem o luto pela perda de um filho. Gabriel F. (Brasília, Brasil, 1983) é diretor, dramaturgo e encenador. Em 2007, foi cofundador da companhia Teatro de Açúcar, com a qual criou os espetáculos Além do que se vê (2008), Tenho febre, mas vou buscar nosso dinheiro ( 2009), Máquina de gargalhadas (2009), Movie about the City (2010), A vida impressa em Xerox (2012), Adaptação (2013), A volta dos que não foram (2014) e Cleópatra (2018). O monólogo Adaptação (Prêmio SESC de Teatro de Melhor Ator e Melhor Dramaturgo em 2013) foi traduzido para o castelhano e apresentado em mais de 50 cidades no Brasil e na Espanha. Em parceria com o Cena Contemporânea – Festival Internacional de Brasília, a companhia teve a criação do espetáculo Naufragé(s) (2016) coproduzida pe