1970 : ARTE E PENSAMENTO

CHAGAS, PEDRO DOLABELA
UFMG

61,00

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O título do livro de Pedro Dolabela atua como um ponto de referência para o corte epistêmico que ainda ocorre no universo das artes. Os critérios de análise por ele utilizados expressam esse corte e surgem da avaliação da transformação das artes e do mundo em que elas são produzidas. Tudo isso é articulado não de um ponto de vista negativo e apocalíptico, muito comum nas teorias do fim do século XX, mas por meio da tentativa consciente de pensar além da polaridade valorativa, característica de uma ontologia que já não cabe mais._x000D_ _x000D_ Mediante uma argumentação fluida e bem-estruturada, problemas complexos são trabalhados sem a pretensão de uma universalidade absoluta, mas com firmeza de um discurso con sistente. Isso em um cenário em que a diversidade das manifestações de artísticas gera a impressão de impossibilidade de análise de conjunto, de uma queda necessária no relativismo particularista do tudo vale, ou do tudo pode, então, nada p odemos afirmar. Todavia, não há nesse caso nenhum tratamento esquemático e casual em que os acontecimentos se ligam ao acaso dos movimentos contínuos e apressados das manifestações artísticas. É justamente o contrário, um vasto arcabouço ep istemológico é reunido para construir chão para uma análise que, muitas vezes parece prescindir dele._x000D_ _x000D_ Este livro, antes de ser mais uma tentativa de investigação definitiva do cenário artístico contemporâneo, ou de ser a just ificação de seu acontecimento, é uma análise filosófica a partir da própria arte, utilizando o universo de “ferramentas” ou conceitos que lhe são contemporâneos. “1970”, em vez de ser uma finalização, é uma constatação e uma abertura instig adora para a necessidade de modificação epistemológica da filosofia, da teoria e da história da arte.