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Imagens da branquitude: A presença da ausência
Schwarcz, Lilia Moritz
COMPANHIA DAS LETRAS
99,90
Estoque: 74
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Em livro preciso, Lilia Moritz Schwarcz analisa o fenômeno social e cultural da branquitude a partir de suas manifestações simbólicas e iconográficas.
“Ninguém lê livremente e sem as lentes e códigos da sua cultura.” A maneira pela qual as imag ens nos afetam é condicionada por esquemas visuais – em geral nada inocentes – que nos foram transmitidos, e que carregam uma interpretação específica daquilo que é representado. Em Imagens da branquitude, Lilia Moritz Schwarcz analisa uma iconografi a múltipla, do século XVI ao presente, passando por mapas, monumentos públicos, fotografias, publicidade, e, a partir do exame detido desses testemunhos, identifica como são atravessados por práticas racistas, buscando “desnaturalizar” essas concepçõ es.Muito mais do que uma análise meramente iconográfica e recortada, esta é uma história, na longa duração, de como a branquitude se manifestou simbolicamente, em especial por meio da visualidade, de modo a estabilizar um ambiente de hierarquização o u estruturas de subordinação. A presença forte mas racialmente ausente dos brancos nesses registros visuais, com o decorrente pressuposto de que seriam o normal ou o intrinsecamente dominante, assoma como ponto central deste livro necessário, que nos convida a olhar para essa produção imagética e fazer o exercício de lê-la na contramão.
“Eis o superpoder da branquitude: ser, ao mesmo tempo, invisível e onipresente. Suas teias de privilégios integram a paisagem do país do racismo por denegação. N este livro, Lilia Schwarcz propõe um antídoto poderoso para desvendar a capa de invisibilidade que caracteriza a branquitude: ler seus rastros em imagens que compõem nossa história e imaginário. Por trás de tantas imagens lidas aqui por Lilia há um p aís inteiro que ainda precisa se ver no espelho e que, por meio desta obra-prima, Schwarcz nos permite enxergar com a clarividência que nos faltava. — Thiago Amparo
O “pacto das imagens” aludido pela autora nesta obra tão importante é desnudado a par tir de uma leitura de representações visuais da branquitude, as quais ao longo da história criaram imaginários que naturalizaram a supremacia branca e a acumulação de riquezas por esse grupo. O esforço de Lilia em desconstruir essas categorias é reve lador do provérbio que ela mesma subverte: “Eles que são brancos já não se entendem”, pontuando ser essencial demarcar um outro lugar que pode ser ocupado pelas pessoas brancas, o da transformação da profunda desigualdade racial brasileira como
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