O gênio feminino - Tomo III Colette

Kristeva, Julia
ROCCO

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Quando se fala em Colette, a célebre escritora francesa, o assunto normalmente é sua vida escandalosa, sua bissexualidade, seus casamentos conturbados, o relacionamento amoroso que manteve com o enteado. Para a psicanalista e lingüista Julia Kristeva , tudo isso interessa, mas não pelo viés sensacionalista, evidentemente. No terceiro tomo de sua trilogia ''O gênio feminino'', cada elemento da polêmica vida de Colette é usado para explicar sua obra. A tese é de que se trata de um caso em que reali dade e ficção são indissociáveis, de um modo tão intrincado que faz de Colette uma mulher digna da mesma reverência dedicada à cientista política Hannah Arendt e à psicanalista Melanie Klein, as duas homenageadas anteriores da trilogia. Nesta biograf ia escrita à luz da psicanálise e da literatura, Julia Kristeva mostra Colette como uma mulher cujo prazer de viver era também um prazer de sentidos e de palavras, sem distinção. A escrita de Colette evoca a visão, o olfato, o paladar, o tato, a audi ção e todas as variantes da sexualidade, proporcionando experiências metafísicas ao leitor, guiadas pelo ateísmo e a amoralidade. Kristeva explica que os relatos de Colette são construídos com palavras cuidadosamente escolhidas, de modo que soem como música, sugiram fragrâncias, sejam saborosas e levem o leitor a experimentá-las em sua vida ou associá-las às suas lembranças. Para decifrar Colette, Kristeva recorre a Freud, Proust e Balzac. E por fim, explica por que ela tem iluminado e sustentad o seu trabalho e sua existência, assim como Melanie Klein e Hannah Arendt, além de traçar diversos paralelos entre as três.