A ENCENAÇÃO CONTEMPORÂNEA: ORIGENS, TENDÊNCIAS, PERSPECTIVAS

PATRICE, PAVIS
PERSPECTIVA

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O que é a encenação?Qual o seu papel na constituição da obra teatral que chamamos de espetáculo?Ele é apenas o da explicitação e/ou harmonização dos elementos contidos na peça ou no que quer que seja que sirva de base a uma representação cênica?Um si mples trabalho externo de correção ou de crítica do gesto, da voz, o entendimento, da incorporação ou interpretação do ator? Ou será tudo isso em conjunto, com uma função criativa e metodológica na composição síntese do encargo de cada um dos actante s que são postos em cena e que se integram segundo as concepções, o gosto, as tendências de quem exerce esta incumbência, isto é, o encenador? Em outros termos, será ele o autor de uma obra que recebe o nome de representação e/ou espetáculo de teatro ?Em A Encenação Contemporânea, um dos principais expoentes atuais da escola francesa de estudos da arte dramática, Patrice Pavis, reúne e focaliza, em todas as especificidades, as questões que englobam esse temário. Expondo cada um dos itens de forma objetiva e ao mesmo tempo crítica, desenvolve a sua análise a partir de um acompanhamento completo de evolução da mise en scène, seguida de uma sondagem até sua extensão extrema na leitura e na improvisação cênicas, o que lhe permite uma abordagem d as apresentações encenadas e performáticas. Pontuando o espectro de sua inspeção nesse campo em geral e no espetáculo assistido em particular, mapeia as tendências da cenografia e as versões dadas à produção textual, sobretudo na França, o problema d o ritual e da encenação no palco, bem como os cruzamentos entre ritual e encenação, antropologia e cultura, mídia e teatro no processo da construção, desconstrução e re-construção cênicas na modernidade e na chamada pós-modernidade, com sua repercuss ão no teatro do gesto e do ator e seus efeitos sobre a interpretação dos clássicos. Mas esta verdadeira suma das artes da direção teatral não se encerra na rica objetivação e definição conceitual, técnica e estética, pois Patrice Pavis conclui este a mplo desenho com um balanço da encenação e uma indagação sobre o rumo que ela vai tomar no seu processo de existência e renovação como arte. - J. Guinsburg