COXOS DANCAM SOZINHOS, OS

PRATA, JOSE
NOVA FRONTEIRA

32,90

Indisponível

'Os coxos dançam sozinhos' é um romance policial. E logo no primeiro parágrafo do livro fica-se sabendo quem é o assassino. Como se essa provocação às regras do gênero fosse pequena, poucas linhas abaixo, vem uma segunda ruptura; o assassino é ninguém menos que o investigador Brandão, policial destacado para investigar o caso de um serial killer, matador de prostitutas decadentes. Ao subverter as regras clássicas da literatura policial, o autor português José Prata cria uma divertida paródia do gênero, com um sabor a mais - as deliciosas e por vezes ininteligíveis gírias portuguesas. A trama de 'Os coxos dançam sozinhos' poderia muito bem fazer parte de uma antologia de piadas de português, no melhor gênero de 'O filho que era a mãe', tradução jocosa que o título do filme 'Psicose' teria recebido quando exibido em Portugal. Para criar o clássico mistério, José Prata lança mão de um intruso que altera deliberadamente as cenas dos crimes cometidos pelo inspetor Brandão. E é a identidade deste segundo criminoso que o inspetor Brandão terá de descobrir. Contar mais seria retirar o prazer da leitura desta saborosa paródia. No entanto, uma informação pode ser dada. Desbocado, mal-humorado e obviamente psicopata, o inspetor Brandão, ao mesmo tempo herói e vilão da história, não nutre nenhuma simpatia por brasileiros e odeia em especial a invasão da grade de programação das emissoras de televisão portuguesas pelas novelas por nós exportadas. A edição brasileira conta ainda com um texto inédito no qual o autor descreve os tortuosos momentos que antecederam o lançamento de 'Os coxos dançam sozinhos'.