Canção popular no Brasil

Naves, Santuza Cambraia
CIVILIZACAO BRASILEIRA

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Canção popular no Brasil oferece um instigante passeio pelos diversos ritmos musicais nascidos no país. Santuza Naves apresenta o resultado de anos de pesquisa no tema em forma de um rico panorama que reflete a própria história cultural e social do p aís no século XX. A Tropicália, o samba, a bossa nova, o rock, o rap e muitos outros ritmos ganham a análise da autora.Na análise de Santuza, a Bossa Nova foi um divisor de águas e revelou um novo personagem: o compositor como intelectual, que passa a comentar todos os aspectos da vida, do político ao cultural, através da canção crítica. A importância de Chico Buarque, Tom Jobim e Nara Leão neste âmbito fez com que a autora dedicasse capítulos à parte para estes artistas. Se o primeiro foi um do s criadores da MPB, Jobim em parceria com João Gilberto lançou os alicerces da bossa nova e foi além. Já a musa da juventude dourada carioca dos anos de 1960 levou o “ser artista” as últimas conseqüências e influenciou toda uma geração com sua militâ ncia cultural.“(...) a música popular tornou-se, sobretudo a partir da bossa nova, o veículo por excelência do debate intelectual, operando duplamente o texto e o contexto. (...) Ao estender a atitude crítica para além dos aspectos formais da canção, o compositor popular tornou-se um pensador da cultura”, analisa a autora. Os antecedentes da canção crítica também são investigados. Santuza resgata a modinha e o lundu para mostrar suas influências em ritmos como o samba e o chorinho. Os chamados “ anos de ouro” (1920-1930) e o samba-cação também ganham destaque. A autora aponta a tropicália como momento de ruptura do conceito de canção até então conhecida. Ela diz que para compreender a canção tropicalista deve-se associar aos elementos poétic o-musicais a performance de seus cantores, rica em coreografias e máscaras. Santuza analisa o advento do rock em um momento político-cultural chamado de pós-tropicalismo e sua evolução para o BRock dos anos de 1980. Ela mostra como a linguagem do rit mo foi adaptada para as necessidades locais. A efervescência dos anos de 1960 fica evidente com a quantidade de novidades musicais. A música negra foi outro componente neste caldeirão cultural, com Jorge Bem Jor, Tim Maia, nos anos 70, culminando com o rap e funk das periferias.Em Canção popular no Brasil, a autora descarta a visão evolucionista sobre o tema e faz uma análise aprofundada sobre as influências da chamada canção crítica na cultura brasileira