A inteligência e o cadafalso: (Nova edição)

Camus, Albert
RECORD

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"De um dos mais importantes e representativos autores do século XX e Prêmio Nobel de Literatura.   Escritor visceral, jornalista, ensaísta, autor de obras fundamentais como A peste e O estrangeiro, Albert Camus também dedicou parte de seu tempo à produção de textos críticos sobre a própria literatura. Esse é o Camus de A inteligência e o cadafalso, reunião de críticas, resenhas e prefácios nos quais ele se debruça sobre autores como Oscar Wilde, Jean Paul-Sartre e Herman Melville para, a pa rtir deles, refletir sobre as próprias preocupações literárias, filosóficas e ideológicas. Assim, de Wilde ele corajosamente abre mão de clássicos como Salomé e O retrato de Dorian Gray em benefício de De profundis e A balada da prisão de Reading , t emas do ensaio ""O artista na prisão"", exemplo de sua teoria de que o sofrimento e a miséria mais extrema guardam uma espécie de felicidade. Para Camus, é longe dos salões aristocráticos, na escuridão de sua cela e no convívio com a ralé que Wilde e ncontra uma linguagem que rompe com sua antiga vida burlesca, criando nele uma cumplicidade com aqueles que sofrem. Nas obras de Herman Melville, autor de Moby Dick, elevado por ele à condição de ""Homero do Pacífico"", Camus encontra a revolta e o c onsentimento, o amor indomável e extremado, a dor e a solidão, o absurdo transformado em corriqueiro, temas que são a base de A peste. Nos dois ensaios sobre Sartre, publicados ainda na Argélia, em 1938 e em 1939, bem antes do rompimento entre os doi s autores, Camus já mostra como sua raiz literária é diferente do existencialismo ao qual foi sempre vinculado. Finalmente, no ensaio que dá título ao livro e foi publicado em 1943, podemos encontrar uma condensação do percurso literário e ensaístico do autor, que se desdobrará a partir de então em personagens e raciocínios que encarnam sua ""concepção do homem"". Obra crítica, A inteligência e o cadafalso também é, assim, um roteiro para a mitologia pessoal de Camus e as estruturas internas de obras como O avesso e o direito, O estrangeiro, O mito de sísifo ou O homem revoltado, marcos da literatura do século XX."