Múltipla escolha

Luft, Lya
RECORD

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“Como raramente cumprimos esses mandados, já ao levantar de manhã nos acompanha a sensação de que algo está errado conosco: dúvida e frustração. Somos severos cobradores das nossas próprias ações. No esforço de realizar tarefas que talvez nem nos dig am respeito, tememos olhar em torno e constatar que muita coisa falhou. Se falharmos, quem haverá de nos desculpar, de nos aceitar, onde nos encaixaremos, nesse universo de exitosos, bem-sucedidos, ricos e belos? Pois não se permite o erro, o fracass o, nesse ambiente perfeito. Duro dizer ‘amei torto, ignorei meus filhos, falhei com minha parceira ou parceiro, votei errado, fracassei na profissão, não ajudei meu amigo, abandonei meus velhos pais e esqueci meus sonhos’.” Com uma trajetória literár ia de 30 anos e um repertório de 20 livros publicados, Lya Luft — maior fenômeno editorial do Brasil nos últimos anos, com milhares de leitores conquistados por Perdas & ganhos, que teve direitos vendidos para diversos países e freqüentou as listas d e mais vendidos por mais de 80 semanas consecutivas —volta à cena num ensaio que reflete sobre os caminhos do nosso tempo. Caminhos e direções que, em sua multiplicidade, indicam não apenas paisagens distintas, mas, sobretudo, escolhas. Em MÚLTIPLA E SCOLHA, Lya indaga, debate e transgride com o fervor de alguém que refuta a mediocridade e escolhe a vida. Como se sobre um palco, cercada de portas simbólicas, o complexo mundo contemporâneo à frente, a autora convoca sua “tribo” para o necessário r itual de pensar. Em foco, questões fundamentais, como a velhice e a juventude, os novos dilemas e tabus da sexualidade, a comunicação virtual, as fronteiras entre o privado e o público, drogas, violência, bondade e perversidade, o mal-estar social: e lementos-chave da nossa rotina diária. Fala sobre esses “mitos modernos” que criamos para se tornarem senhores de nossa vontade e sobre os quais pondera num diálogo aberto com o leitor. “Gosto desse jeito mais direto de falar com meu leitor sobre, no fundo, partes do drama existencial humano, e algumas loucuras da nossa sociedade, nossa cultura. Sobre nadar contra a correnteza para não naufragar no espírito de manada destes nossos tempos. Enfim, esse tipo de ensaio, no sentido mais original da p alavra, ‘ensaiar — discorrer sobre algum tema’, é mais um modo de me expressar. Simples assim”, argumenta Lya. Lya também rebate a suposta liberdade que alcançamos. Longe de uma sociedade livre, somos, nessa nossa cultura impositiva tão cheia de obri