A cabeça do italiano

Severgnini, Beppe
RECORD

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A Itália é uma droga suave, vendida em pacotes repletos de pôr-do-sol, olivais, massas, limoeiros e vinho. A bota também é um labirinto. É sedutora, mas complicada. Na Itália, pode-se andar em círculos durante anos a fio. E isso, naturalmente, é muit o divertido. Enquanto se esforçam para achar uma saída, muitos recém-chegados recorrem às opiniões de visitantes anteriores. Gente como Goethe, Stendhal, Byron e Twain. Esses autores ainda são citados, como se nada tivesse mudado. Não é verdade. Algu mas coisas mudaram. O problema é descobrir o que.Colunista do prestigiado Corriere della Sera, Beppe Severgnini percebe como poucos a alma dos italianos. Em A cabeça do italiano, ele reúne observações sagazes sobre seus compatriotas. E afirma: mesmo com todos os problemas, a Itália está longe de ser infernal. Tem estilo demais para isso. Também não é um céu, claro, porque é excessivamente indisciplinada. “Digamos que a Itália é um purgatório excêntrico, cheio de almas orgulhosas, atormentadas, c ada uma convencida de que tem acesso direto ao chefe”, brinca.Por dez dias, Beppe Severgnini viajou de Milão à Toscana, da Sicília à Sardenha, mostrando algumas características muito peculiares dos italianos. Os lugares são apenas uma desculpa para p equenos tratados sobre praias, restaurantes, celulares, aeroportos, condomínios, piazzas, jardins e escritórios. Tudo salpicado por observações inteligentes e estatísticas reveladoras. “A Itália é a única oficina do mundo que pode produzir ao mesmo t empo Botticellis e Berlusconis. Quem mora na Itália vive dizendo que quer sair, mas quem sai só pensa em voltar”, argumenta Severgnini.Quase todos os relatos modernos sobre o país se enquadram em duas categorias: ou são crônicas de um caso de amor ou diários de uma decepção. Com humor e autocrítica, Bernegini consegue criar um estilo próprio: A cabeça do italiano foi publicado em vários países e conquistou a crítica, com matérias em diversos veículos importantes.