O homem X: Uma reportagem sobre a alma do assassino de São Paulo: Uma reportagem sobre a alma do assassino de São Paulo

Manso, Bruno Paes
RECORD

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Os bandidos não são inumanos. Não surgem com mutações genéticas. São formados em um contexto social peculiar e agiriam de modo diferente caso nascessem em outros ambientes, com outras oportunidades. Em O homem X: Uma reportagem sobre a alma do ass assino de São Paulo, o jornalista Bruno Paes Manso desnuda o coração desses assassinos de aluguel, pistoleiros que, por viverem em um ambiente perigoso, em que a justiça não existe, passaram a fazê-las com suas próprias mãos. No livro de Paes Manso , eles ganham rosto e voz. Somos apresentados a Wolverine, um belo rapaz, com um singelo brinco de diamante na orelha, vestido na última moda e desafiando todos os estereótipos, todas as nossas noções sobre como se pareceria um assassino. Um jove m que escolheu essa vida aos 16 anos, ao vingar a morte de um companheiro de pelada, cruzando assim a fronteira para um mundo de regras muito distintas. O jornalista traz ainda a história de Zé Bonitinho - um moreno com fama de galanteador nos for rós, o que lhe valeu o apelido - e a de muitos outros. O homem X fala de conflitos ainda pouco compreendidos ou estudados. Os autores dos assassinatos são, em geral, conhecidos nos bairros onde moram e enfrentam pessoas igualmente dispostas a mat ar. Na maioria das vezes, ganham dinheiro por meio de atividades criminosas e sua condição não costuma ser segredo para os vizinhos. Em São Paulo, muitos que matam e morrem ganham dinheiro roubando, traficando, seqüestrando. Como resultado, a anim osidade e o desejo de vingança da sociedade indefesa acabam sendo grandes. Estes criminosos são vistos como ameaças potenciais, mas buscam respeitar o contrato que permite a todos viver tranqüilamente em sociedade. Convictos da legitimidade de seu s atos, não se enxergam simplesmente como assassinos, mas como pessoas que participam de uma disputa na qual os homicídios são uma das estratégias usadas por adversários que pensam da mesma maneira que eles. Lutam quase sempre contra pessoas que t ambém matam, em nome de uma justiça que tem os valores dele como referência. A investigação para O homem X partiu de entrevistas com mais de 20 assassinos e das crenças reveladas por eles ao longo das conversas. Bruno se concentra em dois temas: os motivos para cometerem os assassinatos e o perfil de suas vítimas. São relatos sinceros que trazem, na essência, angústias, medos e ambições desses homens que o autor procura decifrar.