MORDAÇA: HISTÓRIAS DE MÚSICA E CENSURA EM TEMPOS AUTORITÁRIOS

João; McGill, Zé
SONORA

69,90

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  MAIS DO QUE UM LIVRO DE HISTÓRIA, MORDAÇA É UM LIVRO DE HISTÓRIAS. O livro reúne alguns dos casos mais emblemáticos sobre o incessante embate entre música e censura, arte e autoritarismo, no Brasil. Escrito a partir de depoimentos exclusivosde alguns dos nomes mais importantes da música brasileira, colhidos pelos autores entre 2018 e 2021, Mordaça é um registro amplo e contundente.   Recheado de personagens marcantes e casos surpreendentes, dramáticos, trágicos ou até engraçados, mas sempre narrados com uma linguagem leve, o livro demonstra como artistas foram perseguidos e silenciados e como fizeram para burlar os absurdos impostos pela censura. Nas páginas de Mordaça, histórias de personagens de gerações e gêneros musicais tão distintos quanto Chico Buarque (que explica, por exemplo, como o samba “Apesar de Você”, aprovado por engano, foi o estopim de seus problemas com a Censura nos Anos de Chumbo) e Philippe Seabra (da banda Plebe Rude, que, já no período de abertura política, teve a audácia de escrever uma música intitulada “Censura”); Paulo César Pinheiro (que misturava suas letras às de outros autores da gravadora para conseguir as liberações) e Leo Jaime (que fala sobre sua hilária relação com a censora Solange Hernandes, a Dona Solange); Beth Carvalho (em uma de suas últimas entrevistas) e Jorge Mautner (que conta que, quando esteve preso, os militares tentaram lhe dar LSD como parte de um “experimento”); Geraldo Azevedo (que dá a sua visão sobre o que aconteceu com outro Geraldo, o Vandré, além de relatar as diversas torturas que sofreu enquanto esteve preso pelos militares) e o ex-funcionário da RCA, Genilson Barbosa (que diz como fazia para subornar censores); Gilberto Gil (que compara os censores a guardas de fronteira) e BNegão (que, fazendo uma ponte com o presente, denuncia um caso de censura ao seu show no Mato Grosso do Sul, em 2019). Muitas vozes saem das páginas deste valioso registro histórico-musical. Vozes que servem como alerta para todas as gerações e que devem ser escutadas em tempos de censura velada ou no caso de a censura oficial voltar a assombrar o Brasil.  Depoimentos Exclusivos “Acho que toda aquela marcação com o meu nome começou mesmo quando aprovaram a letra de ?Apesar de Você´” - Chico Buarque “As pessoas mais inteligentes não entram na atividade da censura porque é uma atividade bastante ridícula” - Caetano Veloso “Ele não resistiu e morreu por lá mesmo, do nosso lado. Estávamos encapuzados, não víam