INFRAESTRUTURA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA

Abramovay, Ricardo
ELEFANTE

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livro traz uma visão crucial da Amazônia como a própria infraestrutura. E das mais avançadas: regula o clima, as marés, bombeia a umidade que tornam férteis as terras do sul, lidera o planeta em capacidade de gerar vida a partir da água, do ar e da luz. Quando o Brasil entender isso, aí sim será o tal “país do futuro”. A continuar sabotando-a com pastos, mercúrio e fogo, seguirá na vanguarda do atraso. — Caetano Scannavino, Coordenador do Projeto Saúde & Alegria *** A grandein fraestrutura da Amazônia é a floresta: garante chuva, rios navegáveis, seus inúmeros produtos são a base da economia da região (peixe, açaí, castanha, seringa, frutos diversos…). Contribui com a chuva em todo o país. — Joaquim Belo, diretor de assuntos internacionais do Conselho Nacional dos Seringueiros *** Nenhum país tem melhores condições que o Brasil de oferecer ao mundo “soluções biológicas para mitigar os efeitos da crise climática”. Trecho de uma mensagem enviada por João Moreira Salles a Ricardo Abramovay, durante o processo de escritura deste livro, a frase acima expõe um paradoxo. Por que, tendo tudo a seu favor, nosso país está se tornando um pária internacional também no que diz respeito à proteção da natureza? Culpar Bolsonaro e seu protofascismo boçal é uma resposta fácil e verdadeira, porém insuficiente. O energúmeno não brotou do nada. O ressentimento que levou parte do eleitorado a apoiá-lo finca raízes no caráter colonial dasoc iedade brasileira — e na resistência de setores poderosos às tentativas de superar tal herança. A Amazônia é chave para compreender a permanência das lógicas arcaicas. Podendo ter na região o que Ignacy Sachs chamou de “laboratório das bioc ivilizações do futuro”, o Brasil insiste em reduzi-la a um inferno de fogo, pasto, soja — e, certamente, sangue. Ricardo Abramovay leva adiante, neste novo livro, a busca de alternativas. Em Amazônia: por uma economia do conhecimento danatu reza (Elefante, 2019), ele havia estabelecido a equação essencial. Vivem, só no trecho brasileiro do bioma, 29,6 milhões de seres humanos. O crescimento populacional é, há três décadas, o mais alto do país. É inaceitável submeter essaspesso as às condições atuais, em que a maior parte delas só sobrevive devastando a natureza. Mas não bastam discursos e bom-mocismos para transformar a realidade. É preciso oferecer aos habitantes da Amazônia condições e projetos que lhes pe