ZUM #21

INSTITUTO MOREIRA SALLES
INSTITUTO MOREIRA SALLES

57,50

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A 21º edição da ZUM, revista de fotografia do Instituto Moreira Salles, chega às livrarias neste mês. O novo número marca o aniversário de 10 anos da revista, com duas versões de capa e uma obra pôster do artista chileno Alfredo Jaar. As duas capas da ZUM #21 são assinadas pelo fotógrafo Rafael Pavarotti, que também participa da edição com dois ensaios visuais. Em suas imagens, usa a cor e a forma para criar um mundo de corpos racializados em indumentárias afrofuturistas. O ensaio é comentado pela curadora Hanayrá Negreiros. Outro destaque desta edição é o trabalho da artista e ativista Poulomi Basu, que combina fotos e testemunhos para narrar o violento conflito entre aborígenes, a guerrilha maoísta conhecida como Insurgência Naxalita e o governo da Índia. Intitulado "Centrália", o ensaio traz à tona situações-limite de miséria, corrupção e conflito armado, entremeadas com a busca por algum índice de estabilidade na vida cotidiana. Em exibição na 34a Bienal de São Paulo, as obras da norueguesa Frida Orupabo ganham análise da escritora britânica Lola Olufemi no texto "Procurando fantasmas". Nas colagens que recombinam trechos de fotografias de arquivos coloniais, a artista devolve os olhares de uma sociedade racializada com totens desconcertantes e assustadores. As obras tensionam os cânones negativos em que o corpo negro foi inscrito ao longo do processo de colonização europeia, reinventando esses corpos como protagonistas. Inspirada pelo movimento Black Lives Matter, a artista e curadora Deborah Willis relembra, num texto em primeira pessoa, as imagens de injustiça e esperança que marcaram sua vida, exaltando o poder da fotografia como ferramenta de protesto, construção de memória e defesa dos direitos das pessoas negras nos EUA. O resultado é uma seleção de trabalhos icônicos de Carrie Mae Weems, Bruce Davidson, Gordon Parks e Andre D. Wagner. Uma impactante reunião de testemunhos, objetos e documentos que denunciam a cultura do estupro no mundo integra o ensaio visual "Do estupro", da espanhola Laia Abril. Inspirada pelo movimento #MeToo, a fotógrafa pesquisou as raízes comuns dos casos de violência sexual contra mulheres, colhendo depoimentos. O trabalho é o novo capítulo do projeto "Uma história da misoginia". A ZUM #21 publica também um relato inédito assinado por Glicéria Tupinambá. A pesquisadora conta como, orientada por fotografias e sonhos, voltou a confeccionar o manto tupinambá, artefato há séculos desaparecido da vida dos indígenas e conservado como produto de roubo em vários museus europeus. As imagens que ilustram o texto são de autoria de Lívia Melzi, Fernanda Liberti e da própria Glicéria. Da infância pobre a cânone da fotografia mundial, o artista e ativista Gordon Parks produziu uma obra comprometida com o combate à discriminação. A reportagem fotográfica "História de segregação" (1956) apresenta o cotidiano de uma família negra no Alabama, no sul dos Estados Unidos. Atravessada pelo racismo, a história ecoa a trajetória de Parks, narrada no texto autobiográfico "A longa busca pelo orgulho" (1963). A revista traz os dois ensaios em sequência, resgatando o papel pioneiro e ativista de um dos maiores fotógrafos da história. Ainda nesta edição, a jornalista e pesquisadora Fabiana Moraes entrevista o artista chileno radicado nos Estados Unidos, Alfredo Jaar, que está em cartaz na 34º Bienal de São Paulo e numa retrospectiva no Sesc Pompeia. Relembrando seus 40 anos de carreira, ele reflete sobre sua obra, marcada pela crítica ao uso ideológico das imagens pela imprensa e pela denúncia das diversas formas de exclusão social. Celebrando o 10 o aniversário da ZUM, a edição inclui uma obra-cartaz com uma máxima de Jaar: "Você não tira uma fotografia. Você faz uma fotografia." A pesquisadora Laura Erber observa as recentes intervenções em monumentos no mundo todo e reflete sobre os desafios das lutas antirracistas e decoloniais nessa disputa iconoclasta no texto "Monumentos em guerra". As imagens qu