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REVOLTAS, MOTINS, REVOLUÇÕES: HOMENS LIVRES POBRES E LIBERTOS NO BRASIL DO SÉCULO XIX
DUARTE, DANTAS
ALAMEDA
159,00
Sob encomenda 11 dias
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Revoltas, motins e revoluções - 2ª edição, org. de Monica Duarte Dantes
Ao reunir uma pluralidade de abordagens sobre movimentos de revoltas, sedições e motins, assunto importante e até hoje mal explorado, esta coletânea é um verdadeiro evento histo riográfico pela abrangência de sua contribuição.
Trata-se de uma iniciativa inovadora, tanto para a historiografia de formação do Estado, como para a dos movimentos de resistência dos homens pobres, livres e forros. Somos levados a conhecer episód ios pouco conhecidos de nossa história, como o movimento da Serra do Rodeador, a revolta do Ronco da Abelha ou dos Marimbondos, o motim da Carne sem Osso, Farinha sem Caroço, a revolta do Quebra Quilos, o motim do Vintém e mesmo movimentos locais até agora pouco ou nada conhecidos, que engrossaram séquito do Conselheiro na revolta de Canudos.
A organizadora desta publicação explora um assunto pioneiro que são os meandros percorridos por textos jurídicos e legislativos através dos quais os pol íticos do império importaram do sul dos Estados Unidos meios e recursos de controle social de sublevações, sutilmente incorporados ao Código Criminal do Império.
Esta coletânea nos oferece estudos dos mais variados historiadores que trabalham os l imites do poder e da hegemonia na história da construção do Estado brasileiro. Alguns, dentre os autores desses ensaios tão diversificados, documentam a participação política dos votantes pobres nos raros momentos em que, através de recursos ardiloso s, chegavam a escapar do controle do processo eleitoral pelas facções locais ou pelo poder central. Outros focalizam as duras condições de sobrevivência, dificultadas ou ameaçadas por decretos injustos, agravados por exigências fiscais; revoltas moti vadas pelo recrutamento violento dos homens livres pobres e forros levados a força para longe de suas famílias e de suas roças, a reação contra a carestia dos gêneros alimentícios, a falta de pagamento de soldos, a cobrança de novos impostos sobre fe irantes.
Trata-se de leitura instigante e repleta de informações inovadoras para os interessados na história dos revezes do processo lento e desigual de construção da cidadania no Brasil. Ressalte-se a tendência a documentar a singularidade crioul a ou sertaneja dessas revoltas, motivados pela insegurança em que viviam na condição de alforriados e pelo medo de serem reescravizados; pavor e tensões de sobrevivência que os levaram a forçar em certas ocasiões a conquista de seus direitos sociais
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