Missa negra: Religião apocalíptica e o fim das utopias

Gray, John
RECORD

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11 dias


Quando a política toma a forma de fé, a história se repete como ritual. Em Missa negra: religião apocalíptica e o fim das utopias, John Gray revela como as utopias modernas carregam a sombra do apocalipse. Um dos mais importantes pensadores da atua lidade, John Gray investiga em Missa negra a perversão da religião pela política, mostrando que essa subversão é o tema-chave da história recente. Em uma alusão ao ritual sacrílego no qual a missa cristã é rezada de trás para frente, ele se dedica a interpretar a política e a religião modernas, e sustenta que a política moderna preserva o que há de mais arcaico e tenebroso na religião. Analisando os conflitos mais destrutivos dos últimos séculos, Gray conclui que as religiões políticas se apropr iaram o mito do Apocalipse, como uma crença em um evento que mudaria o mundo e levaria ao fim da história e de todos os seus conflitos. Dos jacobinos aos bolcheviques, dos anarquistas russos aos norte-americanos conservadores, as políticas modernas t êm sido guiadas por versões corrompidas do mito do fim do mundo. Gray demonstra que o renascimento de uma época de barbáries embasadas pela religião apocalíptica é real, aprofundando-se na ideia de que a transição de um pensamento mítico para uma vis ão racional, a qual as pessoas acreditam ter acontecido na era moderna com o triunfo do Iluminismo, nunca ocorreu. O pensamento iluminista seria baseado não na ciência, mas nos mesmos mitos cristãos da perfeição humana. Consequentemente, a crença na utopia e as noções de progresso humano que sustentaram as políticas modernas seriam versões seculares da fé religiosa. Com notável erudição e um domínio assombroso de teoria política, John Gray afirma que a morte das utopias não é sinônimo de paz. No século XXI, a cerimônia continua, com o mundo se armando para as guerras santas que ainda virão.