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CANTO PARA MNEMOSYNE
CLARA, BORDINIÃO
SENDAS
39,70
Estoque: 5
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Conheci a poesia da Clara Bordinião há tempos e da maneira que mais me impacta: performada pela poeta, num palco, em estado puro e profundo da poesia-corpotodo-voz-em-si. Agora então é alegria imensa sabê-la em livro, nesse Canto para Mnemosyne, em q ue a musa despertada em palavras sussurro e grito são paixões que brotam, que voltam, que vencem. Feito confidências duma redenção de chuvas e luas, feito a mãe que embala, feito alvoroço dos olhos e dos corpos, feito as janelas e as distâncias que n ão contém.
Aqui é no meio da praça, no petit-pavê vermelho, nos cinzas e na flor no coração que vibra: poesia de Clara. O que nunca se esquece, ao que se pensa ser realidade e gozo – mil teatros sem máscara e um leão iluminado. Despedidas e afago s e cavalos e sinais na pele e a estrofe-vida tão na rotina dos pássaros. Tão na rotina dos abraços esquecidos e em tudo que vinga, e refloresce.
Como os ipês e as águas. Prosa e poesia: palco de Clara, música de Clara. Voz em poesia de apelos e respostas e novas perguntas. Olhar transcendente em que vésperas transbordam. Vésperas atravessam o mundo e respiram e contam o que querem contar naquilo que não foge. Naquilo que é o canto intenso, o fluxo, o ritmo do rosto que se estreia: naquilo d e ser tudo isso de Clara Bordinião.
Luci Collin
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