O DECÊNIO DECISIVO: PROPOSTAS PARA UMA POLÍTICA DE SOBREVIVÊNCIA

LUIZ, MARQUES
ELEFANTE

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O decênio decisivo reúne, com grande rigor científico, uma quantidade imensa de dados que estão na fronteira do conhecimento acerca dos impactos das mudanças climáticas sobre a vida na Terra, apontando o futuro excruciante que virá caso não rompamos com os pilares do capitalismo contemporâneo, e elencando as possibilidades de ação imediata para evitar que a catástrofe seja ainda maior. Da leitura, depreende-se que o momento presente é o mais crucial de nossa história como espécie, pois é agora q ue decidiremos, coletivamente, as chances de sobrevivência do projeto humano. *** As formas mentais herdadas da civilização ocidental moderna e contemporânea se esgotaram e não podem mais pretender ditar os critérios de avaliação do projeto hum ano. Assim, o repertório intelectual e espiritual imenso dessa tradição deve-se abrir agora, no caso sobretudo da América Latina, para o patrimônio não menos imenso dos saberes, das sensibilidades e dos ensinamentos indígenas e de matriz africana. Em todo caso, mudar só será possível se a compreensão intelectual se aliar ao senso de universalidade da condição humana, à paz, à empatia com o “outro” (inclusive com o não humano) e a uma ação política coletiva radical. Concretamente, tudo deve começ ar pelo abandono dos combustíveis fósseis, que também engendraram o sistema tóxico-industrial globalizado de produção de commodities agropecuárias e a poluição extrema de nossos dias. Esse abandono comporta riscos, privações, sofrimentos considerávei s e inevitáveis. Mas ele terá que ocorrer em marcha forçada e sem mais dilações, se as sociedades pretendem sobreviver. A sobrevivência é a utopia do século XXI. — Luiz Marques, no Prefácio à segunda edição