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O contrário do esquecimento: O Holocausto entre memória e esquecimento
Kinstler, Linda
AYINE
139,90
Sob encomenda 11 dias
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Entre as histórias amargas da Europa do século XX, a da Letônia é uma concentração de dor e remoção. Um longo domínio soviético, três anos de ocupação nazista, a comunidade judaica quase totalmente destruída. Depois, nas décadas seguintes, um silênci o surdo, um esquecimento reservado tanto para as vítimas quanto para os carrascos. Entre eles estavam os membros do famoso Comando Arajs, considerado responsável por reunir os habitantes do gueto de Riga e levá-los à morte na floresta de Rumbula. Alg uns, como o «Lindbergh letão« o herói da aviação Herberts Cukurs, escaparam para a América do Sul. Outros desapareceram no ar, como o avô de Linda Kinstler.
Ano dez do novo século: a notícia de que o procurador-geral da Letônia abriu uma investigaçã o sobre Cukurs faz com que a autora se aprofunde nos assuntos de seu país natal e de sua família. Assim, Kinstler retraça a história de Cukurs, morto há muito tempo – o Mossad o assassinou em 1965 -, mas objeto de uma intensa campanha de reabilitação , e segue o rastro de seu avô Boris, de quem não se ouve falar desde o final da década de 1940. Ao fazer isso, ela se aventura na complexa relação que a nova Letônia europeia tem com seu passado e tenta explorar a maneira pela qual «a memória do Holo causto se estende ao presente e o condiciona«. Da história familiar, passamos inevitavelmente para a coletiva, reconstruída por meio de depoimentos de sobreviventes e seus filhos, da crônica de julgamentos realizados na Alemanha, na União Soviética e em Israel, de artigos em jornais brasileiros e de cartas trocadas por refugiados judeus em todo o mundo. Guiado pelas reflexões do acadêmico Yosef Yerushalmi, que se pergunta se o oposto do esquecimento não é a memória, mas a justiça, a autora ilumi na os aspectos legais e os dilemas familiares, os legados privados e coletivos, observando «os fracassos, as vitórias e os silêncios da lei«, e tentando entender o que significa preservar a memória nesta nova era incerta.
«Evitando conclusões simpli stas ou definitivas, Kinstler oferece um modelo de pesquisa histórica minuciosa combinada com uma narrativa empolgante e envolvente.«
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