COMO DIZER BABILÔNIA

SAFIYA, SINCLAIR
TORDESILHINHAS

88,90

Sob encomenda
10 dias


Vencedor do prêmio National Book Critics Circle Ao longo da infância de Safiya Sinclair, seu pai, um músico de reggae temperamental e militante de uma seita rigorosa do rastafári, ficou obcecado com a pureza dela, especialmente com a ameaça do que os rastas chamam de Babilônia: as influências imorais e corruptoras do mundo ocidental fora de sua casa. Ele temia que a condição de mulher de Safiya e suas irmãs as tornasse moralmente fracas e impuras, e acreditava que a maior virtude de uma mulhe r era a obediência. Com o intuito de impedir que a Babilônia adentrasse sua casa, ele proibiu quase tudo. No lugar de calças, as mulheres da família eram obrigadas a usar saias longas e vestidos que cobrissem os braços e as pernas, assim como lenç os que cobrissem o cabelo, além de não poderem usar maquiagem e joias, e não terem direito a opiniões e amigos. A mãe de Safiya, embora leal ao parceiro e pai de seus filhos, presenteou Safiya e seus irmãos com livros, incluindo poesia, aos quais Safiya se apegou com todas as forças. Ao ver a mãe lutar calada por anos sob a carga das tarefas domésticas e da rigidez das crenças do parceiro, ela passou a usar a educação como uma ferramenta para encontrar a própria voz e se libertar. Inevitavelm ente, a rebeldia de Safiya resultou em confrontos com o pai, cuja raiva e paranoia se manifestaram em violência crescente. À medida que a voz de Safiya se tornou mais forte, lírica e poeticamente, uma rota de colisão foi traçada entre os dois. “O ar estava impregnado de esperança, e nós queríamos respirá-la por completo.” — Trecho do livro